Manifestantes comemoram a queda em 30% dos casos de Aids, em 2014, nos EUA
A taxa de detecção de aids em jovens
brasileiros com idades entre 15 e 24 anos, no período de 2004 a 2013,
cresceu de 9,6 para 12,7 casos por 100 mil habitantes. Os dados são do
Ministério da Saúde e apontam um aumento de cerca de 32%.
Tal crescimento reflete a falta de
preocupação dos adolescentes com a doença. De acordo com o
infectologista Adriano Oliveira, os jovens, por não terem nascido nos
anos 90, não viveram a época de auge da aids, e, talvez seja esse o
motivo do aumento.
“A geração que viu esse momento é mais
atemorizada pela aids. Ícones da música como Cazuza e Renato Russo, que
morreram da doença, chocavam a população. Hoje, se fala muito pouco
sobre o assunto o que diminuiu o impacto da doença. Os jovens não se
preocupam tanto, não recebem a orientação adequada”, diz o especialista.
Ele completa afirmando que é comum ouvir
diversos mitos que cercam o HIV/ Aids até hoje. “Ainda escutamos
muitas frases relacionadas a cura da doença, como aqueles que acreditam
que após a ingestão de remédios, podem ser tratados. É importante
ressaltar que a aids ainda não tem cura!”, finaliza.
Para mudar este cenário, o
infectologista acredita que é preciso informação para orientar os
jovens. “As pessoas precisam, primeiro, ter conhecimento sobre o que é e
quais são as consequências desta doença. A principal providência é
investir em informação, este trabalho deveria ser feito um a um, indo
nas escolas e conversando com os adolescentes” , disse Adriano
Oliveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário