A demanda das empresas por trabalhadores qualificados aumentou a
procura por cursos de educação profissional no Brasil. O número de
matrículas em cursos técnicos de nível médio cresceu 88% nos últimos
seis anos. Saiu de quase 928 mil em 2008 e chegou a pouco mais de 1,7
milhão em 2014, mostra levantamento inédito feito pelo Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (Senai) a partir dos dados do Censo da
Educação Básica, do Ministério da Educação.
Além das políticas públicas de valorização da educação profissional, o
crescimento no número de matrículas é resultado das oportunidades de
emprego e remuneração oferecidas pelo mercado de trabalho a quem tem
curso técnico. Conforme pesquisa do Senai, 72% dos técnicos formados
pela instituição em 2013 estavam trabalhando em 2014. E mais: a taxa de
crescimento anual da remuneração das ocupações de nível técnico foi de
8,9% entre 2010 e 2013, superior à expansão de 8,1% registrada para as
profissões de nível superior.
“A educação profissional é a base para a inserção dos jovens no
mercado de trabalho e para a construção de uma carreira promissora”, diz
o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. Segundo ele, a qualificação
dos trabalhadores é fundamental para as empresas. “Eles são capazes de
utilizar e interpretar as novas tecnologias, antecipar tendências e
propor novos produtos e processos mais eficientes e aumentar a
produtividade da indústria”, completa Lucchesi.
Para reforçar a importância da educação profissional na vida dos
jovens e das empresas, o Brasil será a sede da WorldSkills 2015, a
olimpíada internacional de profissões, que reunirá 1.200 jovens
competidores de 62 países, entre os dias 11 e 16 de agosto, no Anhembi
Parque, em São Paulo. O Brasil participa com 56 competidores. O evento é
organizado pela WorldSkills Internacional em parceria com o Senai.
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