Os governadores de todos os estados do país que se reuniram ontem
(30) com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, e
comprometeram-se a ajudar o governo a evitar a aprovação das chamadas
pautas-bombas, projetos em tramitação no Congresso Nacional que, segundo
o Executivo, podem gerar gastos adicionais, comprometendo o ajuste
fiscal.
“Há um compromisso com a governabilidade, apoio ao ajuste fiscal para
que seja votado e produza efeitos na economia e restabeleça o
crescimento econômico e a geração de empregos. Apoio no combate à
pauta-bomba, como o fator previdenciário, que impacta a previdência nos
estados e apoio ao veto ao aumento do Judiciário, “disse o governador de
Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), que falou em nome dos
governadores dos estados da Região Sul.
O apoio ao esforço do governo em evitar o aumento de gastos com
matérias aprovadas no Congresso também foi expresso pelo governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) que falou em nome dos governadores da
Amazônia Legal. Segundo ele, a reunião serviu, entre outras coisas, para
manifestar “solidariedade e compromisso com as bancadas relativo às
pautas- bombas, para que não haja votação de leis que aumentem as
despesas públicas sem a correspondente receita e que cause mais crise no
país”..
Segundo Dino, os governadores se comprometeram a conversar com suas
respectivas bancadas federais, para evitar a aprovação dessas pautas que
também gerariam dificuldades financeiras para os estados. Os
governadores da Paraíba, Raimundo Coutinho (PSB), falando pelo Nordeste,
e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), falando pelos estados do
Centro-Oeste, reafirmaram o apoio.
O também tucano e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou
pelo Sudeste, mas evitou falar em apoio explícito. Em sua fala, Alckmin
disse que é preciso preservar os empregos e assegurar o crescimento
econômico “não só com os projetos em trâmite [no Congresso], mas
reduzindo o custo Brasil com redução dos gastos públicos. Mas de forma
geral, nos três níveis de governo”, disse.
Ao final da reunião, durante coletiva para a imprensa, o
ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, classificou o dia como
especial, com os governadores da base e da oposição “dialogando para
construir uma agenda positiva. Ele disse ainda que o governo, em algumas
situações, tem vetado projetos que aumentam gastos, como o estendia a
política de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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