Um grupo de 70 crianças sonha com o
destaque nas quadras de tênis. E se depender o treino supervisionado
pelos olhos experientes do técnico francês Didier Rayon e uma comissão
técnica de seleção brasileira, o caminho está sendo bem pavimentado. Na
academia DRTT, na Zona Sul da capital, os pequenos desenvolvem suas
habilidades no esporte com a cabeça no futuro.
Em meio a tantos meninos e meninas,
Lucas Carvalho e Pedro Teixeira, de oito e nove anos, respectivamente,
se destacavam com uma exibição de agilidade e técnica enquanto treinavam
na tarde desta quinta-feira (17). Os treinadores logo informaram à
reportagem de que aquela dupla está em um nível avançado para a idade.
Os meninos levam o esporte a sério.
Quando perguntados sobre o que querem ser quando adultos, a resposta
parece até ensaiada. “Quero ser jogador profissional”, respondem em
coro.
Em seguida, Lucas revela um currículo
vitorioso e extenso para sua idade: “tenho conquistas aqui (em Natal),
Fortaleza, Recife e São Paulo”. Pedro também já saboreou a vitória na
capital potiguar e também em João Pessoa, na Paraíba.
A paixão dos meninos pelo tênis não
seria tanta sem o apoio da família. Consciente disso, o técnico francês
Didier Rayon destaca aquilo que é um dos pontos fortes do seu trabalho.
“Nós começamos a trabalhar com a base.
Mas, trabalhamos juntos os aletas e os pais. Eles precisam conhecer a
atividade dos filhos”, frisa.
Didier é especialista no assunto. Por
três anos, o treinador foi coordenador técnico da equipe juvenil
feminina da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e revelou a
pernambucana Fabiana Pereira, destaque do tênis brasileiro. O francês
está satisfeito com o desempenho dos potiguares. “Estou no Brasil a 30
anos e o nível dos atletas daqui é muito bom”, destaca.
Gonçalo Fisher, coordenador técnico da
academia, trabalhou com Didier também na seleção brasileira. Ele repassa
números que mostram o crescimento no número de praticantes no esporte.
“Começamos em 2014 com 24 crianças, hoje
temos 70. Contando os adultos, temos 150 pessoas treinando”.
Satisfeito, Gonçalo tem planos ambiciosos. “Até o fim do ano quero ter
250 atletas”.
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