quinta-feira, março 17, 2016

STF rejeita recurso de Cunha e mantém rito do impeachment.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem quarta-feira, 16, manter o rito do impeachment definido no julgamento de dezembro do ano passado. Nove dos 11 ministros optaram por acompanhar o ministro relator, Luís Roberto Barroso, e rejeitar o recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cunha questionava a proibição de os deputados poderem se candidatar em chapa avulsa para integrar a comissão especial que deverá analisar o pedido contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara. No julgamento do ano passado, o STF anulou o colegiado que havia sido formado e decidiu que apenas parlamentares indicados pelos líderes dos blocos partidários poderiam compor o colegiado.

O presidente da Câmara também defendia mudar a decisão o rito definido no julgamento de dezembro para garantir que a eleição dos integrantes da comissão fosse feita por voto secreto. Além disso, Cunha pedia revisão do Supremo ao poder dado ao Senado, que pode negar a abertura do processo de impeachment mesmo que a Câmara já tenha autorizado.

“Todos os pontos apresentados pela embargante (Mesa Diretora da Câmara) foram julgados pelo tribunal de forma clara, coerente e fundamentada”, defendeu Barroso. Ele desqualificou os questionamentos apresentados por Cunha e comparou a admissão das candidaturas avulsas com a hipótese de o representante do Corinthians junto à CBF ser escolhido por outros times. Para ele não faz sentido que o representante de um partido seja escolhido pelo plenário e não pelo líder da sigla.

Sobre a eleição dos membros da comissão por voto secreto, o ministro afirmou que o acórdão do julgamento de dezembro segue o rito adotado pela Câmara no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. “Simbólica que tenha sido, a votação foi aberta”, assegurou.

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