O senador Aécio Neves (MG), presidente
nacional do PSDB, começou ontem segunda-feira (18) um ciclo de consultas
a integrantes do partido sobre a participação em um eventual governo
Michel Temer. A intenção é dar caráter institucional à aproximação e
apresentar ao peemedebista uma plataforma que venha com o selo da
“unidade partidária”.
O movimento ocorre no momento em que
aliados de Temer ventilam a informação de que o senador José Serra (SP) é
“cotado” para assumir o Ministério da Saúde, pasta da qual foi titular
no governo Fernando Henrique Cardoso.
Aécio se reuniu nesta segunda em São
Paulo com o ex-presidente tucano e apresentou a FHC uma lista de
demandas genéricas que os tucanos apresentarão a Temer, caso o Senado
confirme a decisão tomada pela Câmara no domingo e veja indícios de
crime de responsabilidade suficientes para afastar do cargo a presidente
Dilma Rousseff. Aécio divulgou uma imagem do encontro em sua conta no
Twitter e mencionou a “agenda emergencial” planejada pelo PSDB.
O documento, que foi elaborado pelo
senador tucano Tasso Jereissati (CE), defende a simplificação do sistema
tributário, compromisso com programas sociais, reforma política e
blindagem da Operação Lava Jato.
Na semana depois do feriado, Aécio se
reunirá com a bancada do PSDB na Câmara e, em seguida, vai procurar os
governadores do partido. O senador, que é contra a indicação de tucanos
para cargos, dirá a Temer que o PSDB defende a montagem de um
“ministério de notáveis”.
Entre as propostas que os tucanos
apresentarão a Temer estão, ainda, a profissionalização das empresas
públicas, dos fundos de pensão e das agências reguladoras, acabar com o
“impasse” da legislação trabalhista e uma reforma política que inclua a
cláusula de barreiras e o fim da reeleição.
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