Em 2009, um Silva foi a Copenhagen e convenceu o mundo que no seu
Brasil, no Rio, era possível fazer uma Olimpíada. Enquanto isso, em
Marilia, outro Silva, aos 15 anos, dava seus primeiros passos no
atletismo. E na Cidade de Deus, uma Silva golpeava o destino no tatame.
Nesses sete anos, aquele Silva ajudou os dois jovens Silvas com
programas sociais dedicados ao esporte. "Bolsa esmola", diziam muitos
não-silvas. 2016 chegou. A Silva da Cidade de Deus e o Silva de
Marilia colocaram seus ouros no peito para orgulho de milhões de outros
silvas anônimos espalhados pelo país. Aquele primeiro Silva, que tornou
possíveis os sonhos de tantos silvas, foi expulso da festa pelos
não-silvas que, neste exato momento, estão imaginando como fazer para se
apropriar do ouro dos silvas. O Brasil não é generoso com os silvas.
Mas é feito por eles. Parabéns, Rafaela, Thiago, Luiz Inácio e toda a
família Silva.
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