Em uma disputa acirrada entre "sim" e "não", os colombianos rejeitaram o
acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia),
fruto de uma longa negociação e assinado pelo governo e pela guerrilha
nesta semana.
Com 99% das urnas apuradas, 50,2% dos votantes optaram pelo "não",
enquanto 49,7% escolheram o "sim" no plebiscito deste domingo.
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O plebiscito trazia a pergunta "Você apoia o acordo final para o fim do
conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?".
Dos 30 milhões de eleitores habilitados para votar, pouco mais de 13
milhões compareceram às urnas - isso significa que 67% dos votantes
optaram por não participar do plebiscito.
O resultado é considerado surpreendente, já que as pesquisas da última
semana apontavam que o "sim" ganharia o plebiscito com uma considerável
vantagem.
O acordo de paz havia sido celebrado na Colômbia na última
segunda-feira, quando o presidente Juan Manuel Santos e o líder das
Farc, Rodrigo Londoño ("Timochenko"), assinaram o documento que punha
fim aos conflitos.
O documento foi assinado após quatro anos de negociações, que foram
iniciadas por Santos em 2012. O acordo colocaria fim a um conflito
armado que começou em 1964 e já deixou mais de 220 mil mortos.
O principal argumento dos críticos ao acordo era a ausência de punição
aos culpados de crimes - tanto os integrantes das forças oficiais quanto
os da Farc acabariam anistiados caso o acordo de paz fosse confirmado
nas urnas, exceto para crimes como torturas, chacinas e estupros.
Não se sabe ao certo qual será o futuro do conflito após esse resultado
do plebiscito. Alguns porta-vozes das Farc haviam anunciado que não
estariam dispostos a uma renegociação do tratado de paz caso esse fosse
rejeitado na votação.
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