A campanha mundial “16 Dias de Ativismo
pela Eliminação da Violência contra as Mulheres” quer mostrar aos
brasileiros que pequenas atitudes praticadas no dia a dia incentivam a
violência sexual e a cultura do estupro. “Precisamos desconstruir essa
cultura do machismo, do sexismo e da superioridade masculina, temos
ainda no inconsciente coletivo que o homem é superior”, disse a
secretária especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério da
Justiça e Cidadania, Fátima Pelaes, durante lançamento da campanha, hoje
(25) em Brasília.
Com o slogan “Machismo. Já Passou da
Hora. #PodeParar”, a secretaria, em pareceria com a ONU Mulheres, propõe
à sociedade uma reflexão sobre o enfrentamento à violência sexual, por
meio da desconstrução de práticas cotidianas que reproduzem
comportamentos machistas, vivenciados por homens e mulheres.
Na campanha nas redes sociais, por
exemplo, serão explicados contextos de violência sexual, como os casos
conhecidos como pornografia de vingança (distribuição de imagens íntimas
na internet sem autorização, após o fim de um relacionamento),
piadinhas e comentários, o assédio sexual no ambiente de trabalho e a
violência sexual conjugal.
A representante da ONU Mulheres no
Brasil, Nadine Gasman, ressaltou que a igualdade de gênero é essencial
para se alcançar as metas da Agenda 2030 das Nações Unidas e promover um
desenvolvimento sustentável. “Essa agenda tem no coração a igualdade de
gênero e o empoderamento da mulher e como meta a eliminação de todas as
formas de violência”, disse, ressaltando que é muito importante
garantir recursos humanos e financeiros para implementar as políticas
públicas e campanhas para que as mulheres tenham serviços adequados e
acesso à justiça.
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