A saída
de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, na manhã de hoje (25),
repercutiu entre parlamentares da oposição e da base de apoio ao governo
no Congresso Nacional. Geddel era responsável pela articulação entre o
governo e o Congresso.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que vai protocolar um pedido de impeachment
do presidente Michel Temer na próxima segunda-feira (28), por
considerar que o episódio envolve o chefe do governo em crime de
responsabilidade. Para Lindberg, o presidente pressionou o ex-ministro
da Cultura Marcelo Calero para que este liberasse a construção de um
edifício de alto padrão em Salvador no qual o ministro Geddel adquiriu
um imóvel.
“Vamos entrar com pedido de impeachment porque
houve crime de responsabilidade, tráfico de influência, ele
desmoralizou a instituição da Presidência da República”, disse o
senador, acrescentando que está conversando com movimentos sociais e
representantes da sociedade civil sobre o pedido.
Enquanto discursava no plenário, a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) falou sobre a saída de Geddel e disse
que o governo vive uma crise que pode prejudicar a votação da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 55, que cria um limita para os gastos
públicos pelos próximos 20 anos, e tem votação prevista para a próxima
semana.
“Temos duas grandes tarefas para a próxima semana. A primeira é
impedir que a PEC seja discutida e votada na terça-feira [29]. Antes de
se resolver essa crise que envolveu a Presidência da República, não há
condições de discutir uma matéria de tal implicação para o povo
brasileiro. A segunda [tarefa] é discutir com nossos pares e iniciar
aqui procedimentos para que o Brasil tenha eleições diretas para a
sucessão de Michel Temer”, disse Gleisi.
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