O piloto do avião da companhia boliviana
LaMia que caiu na cidade colombiana de Medellín com 77 pessoas a bordo
no fim de novembro não tinha as horas necessárias para realizar voos
comerciais, declarou neste sábado (17) o advogado de um dos copilotos.
“Pudemos constatar que o piloto Miguel
Quiroga (que morreu) não havia cumprido as horas de voo estabelecidas”,
afirmou à agência estatal de notícias ABI Omar Durán, advogado da
família do copiloto Fernando Goytia, que também morreu no acidente.
“Parece que, no ano de 2013, manda-se
uma informação falsa, e, apesar de ele não ter as horas de voo, é
habilitado como piloto”, assinalou Durán.
O advogado admitiu que Goytia tinha
conhecimento da situação, mas optou por não revelá-la, para preservar a
imagem da companhia aérea.
“Goytia era funcionário da empresa,
meticuloso, conhecia muito bem os aviões, enquanto Quiroga não tinha
muita experiência”, disse Durán.
O jornal La Razón reportou que Néstor
Higa, advogado de Marco Antonio Rocha, um dos sócios da LaMia, procurado
pela Justiça da Bolívia, teria sugerido que seu cliente já não se
encontra no Paraguai – onde a polícia suspeita de que ele permanece -, e
sim na Colômbia, e que teme retornar àquele país por falta de garantias
constitucionais.
No começo de dezembro, a Direção de
Imigração informou que, segundo seus registros, Rocha havia deixado a
Bolívia com destino ao Paraguai na semana anterior ao acidente.
“A companhia aérea irá realizar os
trâmites para que as famílias das vítimas sejam indenizadas em 165 mil
dólares por pessoa morta”, assinalou Higa em entrevista coletiva na
cidade de Santa Cruz.

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