O tunisiano Anis Amri, de 24 anos,
principal suspeito do atentado contra o mercado de Natal de Berlim, já
estava na lista dos serviços de inteligência dos Estados Unidos,
informou o jornal The News York Times. De acordo com o diário, o jovem
tunisiano tinha feito buscas on-line de como fabricar uma bomba e “teria
se comunicado com o Estado Islâmico (EI) pelo menos uma vez”.
A polícia alemã confirmou ontem a
identidade de Anis Amri como o principal suspeito do ataque terrorista
que matou 12 pessoas e feriu 48 na noite de segunda-feira (19). Nesta
manhã, os agentes de segurança da Alemanha deflagraram operações
antiterroristas em Emmerich am Rhein e em Dortmund.
Segundo a imprensa local, ao menos
quatro pessoas teriam sido presas, mas ainda não se sabe em quais
operações. “Quatro pessoas que mantinham contato com Anis Amri foram
presas”, informou a Procuradoria Geral. Em entrevista ao jornal Bild, o
tunisiano Abdelkader Amri, um dos irmãos do suspeito, afirmou que
“talvez ele tenha se radicalizado na prisão, na Itália, após deixar a
Tunísia”.
“Se for comprovado que ele está
envolvido no atentado, não fará mais parte da nossa família”, prometeu o
irmão, após a família fazer um apelo para o jovem se entregar à
polícia. Pegadas e um documento seus foram encontrados na porta do
caminhão usado para o atentado. O veículo, com placa da Polônia, teria
sido sequestrado e jogado contra o público do mercado de Natal de
Berlim.
O grupo extremista Estado Islâmico
assumiu a autoria do ataque. A polícia alemã está oferecendo 100 mil
euros de recompensa para quem passar informações que levem à localização
do extremista. A Alemanha confirmou que Anis Amri tinha sido preso e
interrogado no ano passado sob suspeita de planejar um ataque contra o
Estado. Em seguida, o jovem foi morar no campo de refugiados de Kleve e
as autoridades alemãs trocaram informações sobre seu paradeiro pela
última vez em novembro de 2016.
Em junho deste ano, Anis Amri teve seu
pedido de asilo na Alemanha negado, mas sua extradição à Tunísia foi
impedida por falta de documentos que compravassem que ele era cidadão
tunisiano. Antes de chegar à Alemanha, o jovem viveu na Itália. Ele
desembarcou em 2011 no território italiano e foi detido por
irregularidades e crimes menores. Ao sair da prisão, em 2015, Anis Amri
deveria ser extraditado, mas fugiu para a Alemanha. Segundo a agência
independente de monitoramento de terrorismo SITE, Anis Amri seguia no
Twitter o perfil do grupo terrorista Ansar al-Sharia. Ele também
mantinha uma conta ativa no Facebook. Via P no AR.
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