Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), estima-se
que a enxaqueca atinja de 12% a 15% da população geral, com uma
prevalência de 17% entre as mulheres. Com a predominância da doença,
durante 15 anos, 574 pacientes com idade entre 55 e 94 anos foram
acompanhados através de exames neurológicos e questionários sobre a
doença. Inicialmente, a intenção era avaliar a ligação entre a enxaqueca
e o aterosclerose, analisando o risco de tromboembolismo venoso.
Os
resultados foram publicados na revista Neurology e constataram que os
riscos para desenvolver o tromboembolismo estavam presentes em 18,9% das
pessoas que sofrem com as dores de cabeça e tiveram problemas
cardiovasculares, contra 7,6% dos pacientes que não apresentavam
enxaquecas. Enquanto isso, a tendência para aterosclerose não foi
constatada ou tida com menor tendência.
O tema ainda será foco de pesquisas futuras para aprofundamento do
assunto e novas descobertas. De qualquer forma, evite se tratar por
conta própria, o que só irá perpetuar a dor e agravar ainda mais o
problema. “Além de causar dependência, o abuso de analgésicos pode
causar cefaléia crônica diária, pois esse tipo de medicamento, quando
tomado em excesso, inibe a produção de endorfina pelo sistema nervoso
central. Essa substância atua diretamente na dor e funciona como um
analgésico natural”, declara o Dr. Edgard Raffaelli Júnior, presidente
de honra da SBCe e considerado um dos mais respeitados neurologistas do
país.
Outro dado apontando pelo Serviço de Neurologia do Hospital das
Clínicas da Universidade Federa de Minas Gerais é que cerca de 80% das
pessoas com enxaqueca apresentavam algum tipo de DTM – disfunções
temporomandibulares (nas mandíbulas). Além disso, segundo a Sociedade
Internacional de Cefaléia, existem 145 tipos diferentes de dor de
cabeça.
Especialistas recomendam que, ao sentir a dor com freqüência, é
fundamental fazer uma avaliação médica para que os sintomas sejam
rastreados e tratados adequadamente.
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