A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou esta
semana o primeiro autoteste para detectar o HIV a ser comercializado em
farmácia, como outros testes comuns. O Action, nome comercial do
produto, será fabricado pela empresa Orangelife Comércio e Indústria e
dará o resultado em até 20 minutos. O valor do teste será definido pelo
fabricante.
A ideia do registro do autoteste do vírus da aids
vinha sendo estudada desde 2015, ano em que a Anvisa havia regulado o
registro de produtos para diagnóstico in vitro do HIV.
Assim como alguns aparelhos que são usados para a medição de glicose
por diabéticos, o teste de HIV vem com um líquido reagente, uma lanceta
específica para furar o dedo, um sachê de álcool e um capilar (tubinho
para coletar o sangue). O resultado aparece na forma de linhas que
indicam se há ou não presença do anticorpo do HIV. A presença do
anticorpo mostra que a pessoa foi exposta ao vírus que provoca a aids.
Apesar
de demonstrar 99,9% de sensibilidade e efetividade, o teste só poderá
indicar a presença do vírus 30 dias depois da situação de exposição.
Caso o teste dê positivo, a pessoa deve procurar um serviço de saúde. Em
caso de resultado negativo, o teste deverá ser repetido após 30 dias.
A
situação de exposição começa a contar a partir do momento em que a
pessoa possa ter tido o contato com o vírus da aids, seja em uma relação
sexual sem proteção ou com o compartilhamento de agulhas. O tempo de 30
dias é o período que organismo precisa para produzir anticorpos em
níveis que o autoteste consegue detectar.
Se uma nova situação de
exposição ocorrer após este período um novo teste precisa ser feito,
respeitando o prazo necessário para detecção e as confirmações
necessárias.
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