Ainda medindo o impacto da delação
premiada da JBS, deputados do PSDB reunidos na liderança do partido na
Câmara avaliaram internamente que o governo Temer não durará mais dois
meses. Caso as gravações venham à tona e Temer não renuncie, afirmaram, é
provável que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antecipe o julgamento e
derrube toda a chapa.
A dúvida é se a troca de governo
ocorrerá por eleições diretas, com aprovação da PEC do deputado Miro
Teixeira (Rede-RJ), ou indiretas. “A eleição direta é quase inevitável
se os movimentos de esquerda e direita se unirem a favor disso, mas há
questionamentos se, numa situação dessas, o Lula não sairia eleito”,
disse um tucano.
Na eleição direta, o nome mais citado pelos deputados do PSDB é o do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
A denúncia contra o presidente nacional
do partido, senador Aécio Neves (MG), foi pouco tratada pelos tucanos
nessa reunião. O entendimento é que, se comprovada a gravação, o mineiro
pedirá para sair do cargo. “O PSDB não é o PT, não vai defender seus
corruptos. O Aécio vai sair e a vida segue”, afirmou outro parlamentar.
A bancada do PSDB se reunirá novamente às 10h desta quinta-feira.
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