O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou na noite desta
quarta-feira, 17, na Câmara, novo pedido de impeachment do presidente
Michel Temer por crime de responsabilidade. O pedido é baseado na
gravação que teria sido feita pelo empresário Joesly Batista, dono da
JBS, com Temer dando aval para “compra de silêncio” do ex-deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A gravação foi divulgada mais cedo pelo jornal O
Globo.
Além do impeachment, a oposição também cobra a renúncia imediata de
Temer. “Impeachment demora uns três meses. Mais rápido seria a
renúncia’, defendeu o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE). Segundo o
deputado José Guimarães (PT-CE), outra estratégia dos opositores será
tentar paralisar o funcionamento do Congresso Nacional até a convocação
de eleições diretas para presidente da República. “A situação é muito
grave. Ou se faz o impeachment ou não se faz mais nada neste País “,
disse o petista.
Na Câmara, já há hoje outro pedido de impeachment contra o presidente
aberto por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF). A decisão do ministro é de abril do ano passado. Desde
então, a comissão especial que analisará esse primeiro pedido ainda não
foi instalada na Casa. Isso porque líderes de partidos da base aliada
resistem a indicar os deputados de suas bancadas para compor o
colegiado.
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