O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento de 0,2%
para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e uma expansão econômica de
1,7% para 2018.
“O crescimento em 2017 será sustentado pela
safra de soja, pelo aumento do consumo, impulsionado pela liberação das
contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma
retomada gradual do investimento e a alta dos preços do minério de
ferro”, diz o relatório divulgado hoje (19) pelo fundo.
As
projeções para o Brasil estão abaixo do crescimento esperado para a
América Latina e o Caribe, uma expansão econômica de 1,1% para a região
em 2017 e de 2% em 2018. Para as previsões, o relatório leva em
consideração uma modesta queda dos preços das commotities e o aumento
das incertezas políticas globais. Para os economistas da entidade, a
América Latina passa por um processo de lenta retomada econômica, após
um período de recessão.
No Brasil, o documento destaca que a
inflação tem caído rapidamente, ficando dentro da meta ao fechar 2016 em
6,3%. O fundo ressalta ainda a emenda constitucional aprovada no fim do
ano passado, que limitou os gastos do governo federal. “Essa emenda é
bem-vinda, porque tem como objetivo garantir o retorno do superávit
primário [economia para pagamento da dívida pública] e da
sustentabilidade da dívida”, diz a análise do FMI.
As reformas
propostas pelo governo e o progresso da incerteza política são fatores
que, na avaliação do FMI, continuaram afetando as perspectivas
brasileiras. Nesse sentido, o fundo enfatiza o papel da reforma da
Previdência. “É um projeto muito importante. Há uma combinação de
fatores no Brasil: Uma tendência demográfica das pessoas viverem mais e
as famílias serem menores. O sistema que foi criado décadas atrás
precisa ser modificado, atualizado, adaptado para essa nova realidade
demográfica”, ressaltou o chefe de missão do FMI para o Brasil, Alfredo
Cuevas.
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