As práticas inovadoras e as mudanças na forma de ensinar são alguns
dos eixos que norteiam debates na feira de educação Bett Educar, que
fica aberta até amanhã (13) na capital paulista. Com palestras, troca de
experiências e apresentações de produtos o espaço apresenta diversas
formas de se pensar o ensino e abordagens pedagógicas.
“Entendemos
que para mudar a qualidade da educação no Brasil, nas nossas escolas, e
na educação, vista de uma forma mais ampla, envolvendo o mundo como um
todo, precisamos fazer diferente do que a gente faz hoje. A começar, que
não existe nenhuma atividade no mundo em que criança e adulto passem de
quatro a cinco horas por dia ouvindo alguém falar, 200 dias por ano.
Então, a educação tem que se renovar”, destaca a curadora do evento,
Vera Cabral.
Serão apresentados na feira iniciativas e modelos de
educação bem sucedidos no país e em outros lugares do mundo. Vera
ressalta que a ideia não é trazer fórmulas prontas, mas ideias para
inspirar ações adaptadas a cada realidade. “Não estamos querendo dizer
que a gente tem que copiar a Finlândia. Não dá para copiar. Mas tem
coisas que a Finlândia faz que a gente pode olhar e aprender uma lição”,
disse, ao comentar as atrações internacionais do evento.
A feira
Bett Educar abriga ainda iniciativas como o Prêmio de Gestão Escolar do
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). “O objetivo é
buscar práticas nas escolas públicas do país, que alavanquem resultados,
criem um bom ambiente escolar , assim, valorizar diretores,
coordenadores e alunos. A partir daí, disseminar essas práticas nas
demais escolas”, afirmou o presidente do Consed, Idilvan Alencar.
Os
projetos e ações contemplados receberão premiações em dinheiro,
equipamentos e capacitação dos profissionais das escolas. “A prática da
gestão escolar, a forma como pode ser conduzida, a interação com a
família, faz diferença, sim. Nós precisamos buscar esses exemplos do
país”, ressalta Alencar, ao defender que uma boa gestão dos
estabelecimentos de ensino faz a diferença no aprendizado dos alunos.
A
pesquisadora e educadora Andréa Carestiato disse acreditar em uma forma
de ensino que consiga explicar as teorias aplicadas à vida concreta dos
estudantes. “A nossa intenção foi trazer um pano de fundo vertical, o
campo das ideias, que eu chamo de espírito, onde moram os valores, onde
você pode trabalhar a honra, a solidariedade, a fraternidade, a
disciplina. Você perceber essas dimensões da vida. Uma simples horta
oferece uma exploração absolutamente fantástica da experiência do
espírito. E a horta é a experiência do mundo, da matéria, da
concretude”, disse a profesora, ao comentar a palestra que fez sobre
educação ambiental.
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