O governo concluiu, ontem, a votação da
reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, sem alterações
significativas. Depois de mais de nove horas de discussão, a bancada
governista no colegiado derrubou com folga os destaques que alteravam o
texto final da proposta, que segue agora a sua fase decisiva, de
apreciação pelos 513 deputados que formam o plenário da Casa. A mudança
constitucional precisa de 308 votos, com os quais o governo hoje não
conta. Por isso, a reforma só será incluída na pauta quando o Palácio do
Planalto estiver confiante de que tem a maioria necessária. Para
alcançá-la, será preciso reabrir negociações.
Após a aprovação, o relator da proposta,
deputado Arthur Maia (PPS-BA), admitiu que poderá haver modificação no
plenário, mas afirmou que o texto defendido pela base e pelo governo é o
que saiu ontem da comissão:
— Estou convencido de que vamos ter no plenário mais do que os 308 votos necessários.
Porém, dois importantes aliados do
Planalto, o PSDB e o DEM, deixaram claro que defendem novas concessões
quando a reforma for apreciada no plenário, como aposentadoria especial
para agentes penitenciários e regras de transição para servidores
públicos, que querem se aposentar sem ter que atingir idade mínima de 65
anos para homens e 62 anos para mulheres.
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