O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depõe hoje (10), às 14h, ao
juiz federal Sérgio Moro em Curitiba, no âmbito das investigações da
Operação Lava Jato, no processo em que o ex-presidente é acusado de
receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um
apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e de um sítio em
Atibaia, no interior do estado. A defesa do ex-presidente nega que ele
seja dono dos imóveis.
Ontem (9), a defesa do ex-presidente recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir o adiamento do interrogatório. Ainda não há uma decisão jucidial sobre o pedido.
A cidade vive um clima de expectativa e recebeu, nos últimos dias, manifestantes pró e contra o ex-presidente vindos de todo país. Para hoje estão previstos atos pela cidade.
O grupo que apoia Lula vai se concentrar na Praça Santos Andrade, em
frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná. Para chegar lá, os
organizadores providenciaram ônibus para levar os manifestantes que
estão no "acampamento pela democracia", montado ao lado da
rodoferroviária. De acordo com a organização, 5 mil pessoas estão
acampadas.
Por determinação da Justiça, cercas começaram a ser
colocadas entre os trilhos de trem e o acampamento, que é organizado por
movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), e
centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Ontem
a 1ª Vara Federal de Curitiba concedeu reintegração de posse de parte
do terreno usado pelos manifestantes pró-Lula. O pedido foi feito pela
empresa concessionária Rumo, responsável pelo local. E, para garantir a
segurança dos manifestantes, a Justiça determinou a colocação de cercas,
já que o local é usado para manobra de trens.
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