O diretor de planejamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos da Costa,
afirmou nessa quinta-feira (11) que a instituição financeira está
trabalhando para devolver em 2018 ao Tesouro Nacional os R$130 bilhões
esperados pelo Banco Central. Ele disse, no entanto, que ainda não há
data para a devolução e que a mesma pode ocorrer de forma fracionada. As
declarações foram dadas durante apresentação das novas políticas
operacionais do BNDES.
Entre 2008 e 2014, o BNDES recebeu da
União empréstimos que totalizam cerca de R$532 bilhões. Em 2016, houve
uma devolução superior a R$100 bilhões e, no ano passado, de cerca de
R$50 bilhões. Para 2018, foi pedido mais R$130 bilhões. O Banco Central
projeta que, se não houver esta devolução, a dívida do setor público
pode chegar a perto de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Estamos melhorando o nosso país e para
isso precisamos de um equilíbrio sustentável das contas públicas. Não há
país que cresça e se desenvolva com as contas desequilibradas. Isso não
é suficiente, porque tem país muito pobre com as contas públicas
equilibradas, mas é necessário. Então trabalhamos juntos com o governo. E
estamos trabalhando para chegar aos R$130 bilhões de devolução”, disse.
Carlos da Costa afirmou que o valor é
compatível com as projeções do banco. No entanto, destacou que se houver
novo pedido no futuro, poderá haver dificuldades. “Não temos gestão
sobre as demandas do Tesouro. Não podemos dizer que vamos devolver os
R$130 bilhões e que também atenderemos o que mais o governo federal nos
pedir. Não podemos falar isso porque seria irresponsável”.
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