O Ministério de Assuntos Exteriores do Irã condenou neste sábado (13)
as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, qualificando-as de
"ilegais e hostis", e advertiu que receberão uma "séria reação" por
parte da República Islâmica. Segundo o comunicado do ministério, o
anúncio de novas sanções cruza "todas as linhas vermelhas de
comportamento na comunidade internacional e viola as normas de
princípios da lei internacional".
O Tesouro americano anunciou na
véspera sanções a 14 pessoas e entidades iranianas, entre elas o chefe
do Poder Judiciário, aiatolá Sadeq Larijani, por abusos aos direitos
humanos e apoio ao Programa de Mísseis Balísticos do Irã.
"O
senhor Trump continua com suas medidas hostis contra o povo do Irã e
menciona ameaças que já várias vezes foi incapaz de aplicar (...), diz a
nota.
O departamento iraniano também reagiu às ameaças feitas
ontem (12) pelo presidente americano contra o acordo nuclear, assinado
em 2015 entre Irã e seis grandes potências.
O Ministério de
Assuntos Exteriores insistiu em que não adotará "nenhuma medida além dos
compromissos que contraiu com o JCPOA", sigla em inglês pela qual se
conhece formalmente o pacto nuclear.
Tampouco permitirá que se
estabeleça conexão entre este acordo e outros temas, nem aceitará
"nenhuma mudança, nem agora, nem no futuro" do tratado.
Trump
decidiu ontem manter ativo um mecanismo que suspende temporalmente as
sanções ao Irã por causa de seu programa nuclear, algo sobre o qual deve
se pronunciar a cada 120 dias por força da lei, mas deu um ultimato à
Europa para modificá-lo. A ideia de Trump é preparar um "acordo
suplementar" com seus parceiros europeus para impor novas sanções
multilaterais se o Irã desenvolver ou testar mísseis balísticos, e
impedir as inspeções das suas instalações nucleares, entre outros.
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