Com as mudanças nas taxas do Fundo Constitucional de Financiamento do
Nordeste (FNE), o Banco do Nordeste quer atrair a atenção de empresas de
energia, sobretudo as que foram contempladas nos últimos leilões,
realizados em dezembro e que contrataram empreendimentos para gerar
energia em 4 anos (leilão A-4) e 6 anos (leilão A-6).
Na última quinta-feira (11), o novo presidente do banco, Romildo
Rolim, reuniu 120 empresários do ramo em São Paulo para apresentar os
novos benefícios ao setor. A limitação para financiamento de
empreendimentos do tipo passou de 60% para 80% do valor total do
projeto.
“Já existem no banco várias propostas de geração e
transmissão de energia. Com as novas taxas e benefícios em vigor a
partir desse ano, chamamos esses novos clientes e os vencedores dos
leilões de energia para mostrar que empreendimentos instalados no
Nordeste podem contar com o banco”, disse o superintendente de Negócios
de Atacado e Governo, Helton Chagas.
As taxas de financiamento a
partir de recursos do FNE deixaram de ser fixas para ter um componente
variável: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Antes da
mudança, os juros cobrados de grandes empresas, por exemplo, era de
10,14% ao ano, com um bônus de 15% para empresas adimplentes. Com a
inclusão da variação da inflação medida pelo IPCA no novo cálculo, esses
juros podem ficar em 5,86% ao ano, considerando um contrato firmado
agora em janeiro.
Segundo Chagas, o volume de projetos de geração
e transmissão de energia em análise no Banco do Nordeste soma mais de
R$ 9 bilhões. Desse total, R$ 2 bilhões já estão aprovados, mas serão
contratados a partir deste ano, já de acordo com as novas taxas.
Para
2018, os recursos do FNE deverão superar os R$ 27 bilhões. Desse total,
conforme disse o superintendente, metade será destinada a investimentos
em infraestrutura. A perspectiva do Banco do Nordeste é utilizar 100%
do valor disponível, especialmente em benefício das micro e pequenas
empresas. Em 2017, a aplicação do fundo ficou em torno de 60%.
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