Embora a redução da inflação em 2017 tenha sido sentida por todas as camadas da população, os que mais se beneficiaram foram os integrantes da classe de renda muito baixa, cujo índice foi de 2,2%, uma queda de 4,8 pontos percentuais em comparação ao ano anterior. As camadas mais ricas da população tiveram inflação de 3,7%, com redução de 2,5 pontos percentuais em relação a 2016. Os dados constam do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado hoje (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 2,95%, no ano passado.
A economista Maria Andreia Parente Lameiras, do Grupo de Conjuntura do Ipea, explicou que o que puxou a inflação para baixo foi o item alimentos, que fechou o ano com deflação, com destaques para o arroz (-10,9%), feijão (-46,1%), frango (-8,7%) e leite (-8,4%). “E como os alimentos pesam muito mais no orçamento das famílias mais pobres do que nas famílias mais ricas, esse efeito baixista dos alimentos foi muito intenso na inflação dos mais pobres do que dos mais ricos”, disse a economista.
De acordo com Maria Andreia, quando se olha a cesta de consumo dos mais pobres, percebe-se que a maior parcela do gasto dessa família é com alimento. “Quando ele fica mais barato, o efeito dessa baixa de preço é muito mais sentida pelos mais pobres do que pelos mais ricos”. Esses últimos também se beneficiaram da queda de preços dos alimentos, só que a cesta é composta por outros itens, que até recuaram em 2017, mas não tão fortemente como os produtos mais consumidos pelos mais pobres.
A queda dos aluguéis também impactou na inflação dos mais pobres no ano passado, segundo o Ipea. Embora o item tenha variado positivamente no ano, o aumento foi muito menor do que em 2016, uma vez que a inflação dos aluguéis recuou de 5,3% para 1,5%.
Segundo Maria Andreia, dois motivos levaram a essa redução dos aluguéis. O primeiro é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que fixa o reajuste dos aluguéis e que ao longo dos últimos meses vem desacelerando muito fortemente. A segunda razão é o período de recessão no país, o que elevou muito o número de imóveis disponíveis para aluguel.
“Quando você tem uma oferta de imóveis maior que a demanda, isso também leva a uma queda de preços. Os aluguéis até variaram em 2017, mas variaram muito menos do que em 2016. E aluguel pesa muito nas famílias mais pobres, porque a maioria delas não possui residência própria e precisa do aluguel para morar”. O item aluguel subiu 1,5% em 2017, contra 5,3%, em 2016.
No mesmo período, houve queda nos preços das tarifas de transporte, como ônibus urbano (de 9,3% para 4%), trem (de 8,5% para 2,5%) e metrô (de 9,1% para 1,3%).
A economista Maria Andreia Parente Lameiras, do Grupo de Conjuntura do Ipea, explicou que o que puxou a inflação para baixo foi o item alimentos, que fechou o ano com deflação, com destaques para o arroz (-10,9%), feijão (-46,1%), frango (-8,7%) e leite (-8,4%). “E como os alimentos pesam muito mais no orçamento das famílias mais pobres do que nas famílias mais ricas, esse efeito baixista dos alimentos foi muito intenso na inflação dos mais pobres do que dos mais ricos”, disse a economista.
De acordo com Maria Andreia, quando se olha a cesta de consumo dos mais pobres, percebe-se que a maior parcela do gasto dessa família é com alimento. “Quando ele fica mais barato, o efeito dessa baixa de preço é muito mais sentida pelos mais pobres do que pelos mais ricos”. Esses últimos também se beneficiaram da queda de preços dos alimentos, só que a cesta é composta por outros itens, que até recuaram em 2017, mas não tão fortemente como os produtos mais consumidos pelos mais pobres.
A queda dos aluguéis também impactou na inflação dos mais pobres no ano passado, segundo o Ipea. Embora o item tenha variado positivamente no ano, o aumento foi muito menor do que em 2016, uma vez que a inflação dos aluguéis recuou de 5,3% para 1,5%.
Segundo Maria Andreia, dois motivos levaram a essa redução dos aluguéis. O primeiro é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que fixa o reajuste dos aluguéis e que ao longo dos últimos meses vem desacelerando muito fortemente. A segunda razão é o período de recessão no país, o que elevou muito o número de imóveis disponíveis para aluguel.
“Quando você tem uma oferta de imóveis maior que a demanda, isso também leva a uma queda de preços. Os aluguéis até variaram em 2017, mas variaram muito menos do que em 2016. E aluguel pesa muito nas famílias mais pobres, porque a maioria delas não possui residência própria e precisa do aluguel para morar”. O item aluguel subiu 1,5% em 2017, contra 5,3%, em 2016.
No mesmo período, houve queda nos preços das tarifas de transporte, como ônibus urbano (de 9,3% para 4%), trem (de 8,5% para 2,5%) e metrô (de 9,1% para 1,3%).
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