O presidente Michel Temer disse hoje (20) que o êxodo venezuelano
perturba os países da América Latina e que deseja a pacificação política
do país. O assunto foi um dos abordados durante a visita do presidente
da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao Brasil.
"O êxodo venezuelano,
para o Brasil e para a Colômbia, perturba os países da América Latina e
nós fizemos questão de evidenciar que a nossa relação com a Venezuela é
institucional, é de estado e estado, mas não significa que nós
patrocinemos o que está acontecendo na Venezuela sob foco político",
disse Temer à imprensa após reunir-se com Santos no Palácio do Planalto.
"O
que queremos é a pacificação política na Venezuela, a democracia plena
nas eleições e a não agressão aos que se opõem ao regime que ora está
constituído", acrescentou.
Por sua vez, Santos ressaltou que os
presidentes fazem um apelo ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro,
para que aceite a ajuda humanitária ofertada por países como a Colômbia e
Brasil. "Não entendemos como recusam esse tipo de ajuda quando a crise
humanitária se agrava dia após dia".
No Brasil, cerca de 32 mil
venezuelanos já pediram refúgio ou residência temporária desde 2015,
quando começou o fluxo migratório para o país, informou a Casa Civil.
Mas o fluxo na fronteira é ainda maior, já que muitos deles voltam à
Venezuela para buscar familiares ou para levar dinheiro para quem ficou.
Por dia, entram de 600 a 800 venezuelanos no Brasil, mas eles não
necessariamente se estabeleceram aqui.
De acordo com a
organização não governamental (ONG) Conectas, 600 mil venezuelanos
entraram na Colômbia nesse último período de crise, mas o país tem
fechado a fronteira em alguns momentos e passou a exigir passaporte dos
imigrantes.
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