O Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi criado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) com a finalidade de alertar sobre as
doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo e defender as
políticas para redução do consumo de tabaco. O tema da campanha de 2018 é
“Tabaco e doença cardíaca”, focalizando os problemas cardiovasculares
decorrentes do tabagismo.
A redução do consumo de tabaco no Brasil é resultado dos avanços das
políticas públicas de saúde voltadas para o controle do tabagismo. No
Rio Grande do Norte, o Programa Estadual de Controle do Tabagismo vem
desenvolvendo ações em conformidade com a Política Nacional de Controle
do Tabaco, com o objetivo de proteger as gerações presentes e futuras
das devastadoras consequências sanitárias, sociais, ambientais e
econômicas geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco.
No estado, no período de 2006 a 2016, houve uma redução da
prevalência de fumantes maiores de 18 anos de 13,5% (253.497 pessoas)
para 7,1% (aproximadamente 160 mil pessoas), conforme os dados mais
recentes do Vigitel. 11,5% dos homens são fumantes e 3,5% das mulheres
são fumantes. A faixa etária com maior prevalência de fumantes é a de 45
a 64 anos de idade (26,1%) e a escolaridade da população que mais fuma
(14,3%) corresponde a 0 a 8 anos de estudo.
Já no que se refere à população de 13 a 17 anos no RN, 19% dos
escolares nessa faixa etária já experimentaram cigarro, sendo 19,2% do
sexo masculino e 18,9% do sexo feminino (dados da PENSE).
O tema da campanha de 2018, “Tabaco e doença cardíaca” foi definido
em função de que, em meio aos fatores de risco comportamentais
causadores das doenças cardiovasculares, o tabagismo é listado como um
dos mais importantes conforme a Organização Pan-Americana de Saúde
(OPAS), num cenário no qual 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos
vítimas de doenças cardiovasculares no mundo, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
A dependência ao tabaco pode ser química (causada pelo uso contínuo
da nicotina), que ocorre geralmente no período de um a três meses de
uso. Pode também ser psicológica (devido à necessidade da substância
para se alcançar um equilíbrio emocional ou percepção de bem-estar) e
comportamental (associação do uso do cigarro a outros comportamentos e
situações da pessoa fumante).
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle do
Tabagismo, Lizabeth Guimarães, o SUS, por meio do Programa Estadual de
Controle do Tabagismo, oferece atendimento gratuito às pessoas que
desejam parar de fumar, com profissionais de saúde capacitados,
materiais de apoio e medicamentos gratuitos, como os ministrados em
forma de adesivos, além de antidepressivos, quando indicado.
O tratamento das pessoas tabagistas é ofertado prioritariamente nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS). O usuário que demonstre interesse em
parar de fumar deverá entrar em contato com a secretaria municipal de
saúde da sua cidade para ser informado sobre os locais do SUS onde há o
tratamento contra o tabagismo.
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