O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou hoje (1º)
que vai se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em
Singapura, no dia 12 deste mês, como estava previsto inicialmente desde
que a cúpula foi anunciada. A declaração foi feita depois de o
presidente se reunir na Casa Branca com Kim Yong Chol, considerado o
braço direito do líder norte-coreano.
Trump disse que não discutiu direitos humanos com o representante
norte-coreano e que as sanções ao país asiático serão mantidas. Ele
ressaltou que não haverá novas sanções enquanto estiverem em curso as
negociações. “Eu espero que chegue o dia em que eu possa retirar as
sanções”, afirmou Trump.
O presidente americano e o representante de Kim Jong-un também
conversaram sobre a negociação para pôr fim, de maneira formal, à guerra
da Coreia, que até hoje não terminou, apenas foi interrompida por um
armistício.
Trump também disse que Japão, Coreia do Sul e China terão que
desempenhar papeis importantes para ajudar a Coreia do Norte a se
desenvolver: “É a vizinhança deles. Nós estamos muito longe”, afirmou.
Cúpula
A reunião foi primeiro anunciada pela Casa Branca em março, porém,
depois de muitas trocas de acusações entre líderes norte-americanos e
norte-coreanos, acabou sendo cancelada no último dia 24 por uma carta de
Trump acusando a Coreia do Norte de “hostilidade aberta”. Logo depois,
no mesmo dia, Trump voltou a dizer que a reunião ainda poderia
acontecer.
Ontem, Kim Yong Chol foi a Nova York para se reunir com o secretário
de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Ficou combinado que ele iria a
Washington nesta sexta-feira entregar uma carta do líder norte-coreano
ao presidente dos Estados Unidos. Desde 2000, durante a presidência de
Bill Clinton, um funcionário tão alto do governo norte-coreano não
visitava a Casa Branca.
Trump disse que o encontro, daqui a menos de 10 dias, pode não
resolver todas as questões pendentes entre Coreia do Norte e Estados
Unidos, mas será o início de um processo de construção de relacionamento
bilateral.
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