O presidente Michel Temer disse ontem terça-feira (29) que o governo
“espremeu” todos os recursos para atender às demandas dos caminhoneiros.
Em entrevista exclusiva ao programa Cenário Econômico, da TV Brasil,
ele disse que não há mais o que negociar com a categoria e acredita no
fim da paralisação até esta quarta-feira (30).
“Fizemos o que foi possível. Esprememos todos os recursos
governamentais para atender os caminhoneiros e para não prejudicar a
Petrobras. A essa altura não temos mais como negociar, o que fornecer.
Tenho a impressão que entre hoje e amanhã isso estará normalizado”. O
presidente citou ainda a determinação de algumas entidades
representantes de caminhoneiros para que a categoria voltasse ao
trabalho.
Uma delas foi a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos
(CNTA). Em nota divulgada à imprensa, a entidade avaliou com sucesso a
paralisação iniciada no dia 21 de maio. A entidade lembrou as
negociações com o governo e o apoio popular e disse que se a categoria
não voltar ao trabalho “tudo que foi conquistado corre o risco de se
perder”. “Entendemos que daqui para frente só haverá prejuízo aos
caminhoneiros, de modo que a CNTA e todas as entidades sindicais de sua
base pedem a compreensão pelo fim da paralisação”, finaliza a nota.
Na última quinta-feira (24) o governo fechou acordo com parte das
entidades representantes dos caminhoneiros. Foram 12 itens, incluindo o
preço do diesel reduzido em 10% por 30 dias. No último domingo, no
entanto, Temer voltou a negociar com a categoria e acordou uma redução
maior por mais tempo: R$ 0,46 a menos nas bombas por 60 dias. O acordo
firmado no domingo, e anunciado em pronunciamento presidencial no mesmo
dia, também determinou a isenção da cobrança de pedágio para os
caminhões que circularem com eixo suspenso em todo o país, dentre outros
pontos.
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