O Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu, no final da tarde de ontem (1º), a política de preços praticada pela Petrobras. Em nota, a
pasta destacou que o governo estuda formas de aumentar a previsibilidade
dos preços ao consumidor, mas sem interferir na estatal. A nota foi
divulgada após a decisão de Pedro Parente de deixar a presidência da Petrobras.
“O que o Ministério de Minas e Energia colocou em debate público visa
a criação para o país de uma política de amortecimento dos preços dos
combustíveis ao consumidor, um mecanismo que proteja o consumidor da
volatilidade dos preços dos combustíveis nas bombas. Algo fora da
política de preços da Petrobras”, diz o ministério.
A pasta ainda estuda um dispositivo que funcionaria como “colchão”
entre as constantes mudanças de valor do petróleo no mercado e o preço
do combustível nos postos. Técnicos do ministério e da Agência Nacional
do Petróleo (ANP) começaram a discutir isso hoje. Na próxima
segunda-feira (4) ocorrerá uma nova reunião, desta vez com a
participação de técnicos do Ministério da Fazenda.
A preocupação do governo, no entanto, é descolar a previsibilidade de
preços da política de precificação da Petrobras. “Essa política de
proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o
produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um
ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai
trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor.” Após a
confirmação da saída de Parente, o mercado reagiu negativamente, com queda nas ações da Petrobras e valorização do dólar frente ao real.
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