Com nove dias da greve dos caminhoneiros, Natal já contabiliza pane
seca em vários postos de combustíveis. Quem ainda tem o que oferecer na
bomba sabe que a reserva não durará por muito tempo caso os caminhões
tanque continuem retidos nos bloqueios feitos nas rodovias.
No Instagram, uma das redes sociais mais utilizadas do mundo, o perfil @gasosanatal
replica informações repassadas à página pelos próprios consumidores.
“Acabei de abastecer na Av. Rio Branco. Ontem chegou 10 mil litros de
gasolina”, escreveu um usuário. Uma mulher diz: “Na Rua dos Potiguares
com a Av. Miguel Castro só tem diesel”. Outro anuncia: “Próximo ao Natal
Shopping se não chegar outro caminhão, só tem combustível até o meio
dia”.
A capital e várias outras cidades do estado têm se virado com muito
pouco para garantir o abastecimento da frota. “Libera-se um caminhão ou
outro, mas não é suficiente. Daí os postos em pane seca”, comentou
Inácio Queiroz, gerente administrativo do Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo do RN, o Sindipostos.
Não à toa, a frota de ônibus em Natal está reduzida a 70% desde antes
do fim de semana. No sábado e domingo, por sinal, esta porcentagem foi
ainda menor. A medida ocorre para evitar que o transporte público da
capital fique sem combustível para funcionar.
Em meio à greve que perdura, Inácio Queiroz é enfático: “A tendência é que a cada dia que se passe fique pior”.
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