Se alguém ganha acima de determinado valor por dia ou o suficiente
para se alimentar, por exemplo, fica de fora das estatísticas e não é
considerado pobre. Mas quão realistas são estudos desse tipo? Uma
criança que vive em uma casa onde há dinheiro para alimentos e roupas,
mas que não tem acesso a saneamento básico e educação, conseguiu escapar
da pobreza?
Para o Fundo da Nações Unidas para a Infância (Unicef), a resposta a
essa última pergunta é não. Segundo o órgão da ONU, a privação de
direitos é uma face determinante da pobreza, e pode estar ou não
acompanhada de pobreza monetária. E é essa visão que está refletida no
estudo Pobreza na Infância e na Adolescência, lançado nesta terça-feira
(14/8), em Brasília.
O levantamento, que leva em consideração a legislação do país e os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015,
traça, de maneira inédita, o impacto multidimensional da pobreza nos
brasileiros com menos de 18 anos.
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