Alta de 66% no superávit na balança comercial, saldo positivo de
emprego nos negócios que empregam até 19 funcionários e a maior
arrecadação de ICMS desde 2014: quase R$ 3,2 bilhões. É o que aponta
análise do Sebrae no Rio Grande do Norte, sinalizando que o Rio Grande
do Norte está em pleno processo de recuperação econômica. Os principais
indicadores que medem a conjuntura econômica e fiscal do estado
apresentaram desempenho positivo nos sete primeiros meses do ano. Os
dados foram analisados e divulgados na terça-feira (14) pelo Sebrae no
Rio Grande do Norte, por meio do Boletim dos Pequenos Negócios, uma
publicação mensal que sintetiza os principais indicadores da economia
potiguar.
A balança comercial chegou a julho com um superávit de US$ 50,9
milhões, um crescimento bastante significativo de 66,4% em relação a
igual período do ano passado, quando o saldo ficou em US$ 30,6 milhões.
Isso é resultado das exportações, que acumularam em sete meses um volume
de US$ 143,2 milhões, terem superado as importações. O valor dos itens
importados registaram um queda de 18,5% no período, ficando em US$ 92,3
milhões.
O agronegócio está na dianteira das exportações potiguares. Somente
os envios de melões e castanhas de caju somaram US$ 36,6 milhões entre
janeiro e julho de 2018. No mesmo período, as exportações de sal, o
segundo item mais enviado ao exterior, totalizaram US$ 14,3 milhões. O
Rio Grande do Norte exportou nos sete primeiros meses deste ano mais de
US$ 11 milhões em pescados, principalmente albacoras.
O segundo item mais importado foram as máquinas e aparelhos mecânicos
com função própria, o que demonstra um avanço das atividades
industriais e do processo de modernização e automação da indústria
potiguar. No total, foram investidos na compra de equipamentos no
mercado internacional mais de US$ 4,8 milhões, volume atrás apenas das
importações de trigo e centeio, cujo valor importado ultrapassou a casa
dos US$ 34 milhões, que historicamente lideram as importações
potiguares.
O informativo do Sebrae também mostra que os microempreendedores
estão se fortalecendo e empregando mais que demitindo. No primeiro
semestre, os negócios de micro porte foram os únicos do estado a ter um
saldo positivo de empregos com carteira assinada. Enquanto em todos os
outros portes, as baixas superaram as contratações, nas microempresas
com até 19 funcionários, as admissões superaram as demissões em 3.475
vagas de emprego.
O Sebrae também mostra que a arrecadação do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi a maior no período (janeiro a
julho) desde 2014 e atingiu quase R$ 3,2 bilhões, valor que superou em
11,2% idêntico período de 2017, em termos nominais – uma prova de que o
fisco potiguar registra arrecadação superior à inflação. Nos cinco
últimos anos, o crescimento nominal desse intervalo (janeiro a julho)
foi de 34,06%, para uma inflação de 27,41%, com base no Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC), que é calculado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), de junho de 2014 a junho
do ano passado. Via PnoAR.
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