sexta-feira, novembro 16, 2018

Facebook rompe com agência de relações públicas.

O Facebook informou ontem quinta-feira, 15, que encerrou sua relação com a consultoria Definers Public Affair, sediada em Washington, que divulgava informações depreciativas sobre os críticos e concorrentes da rede social.

O anúncio veio após reportagem do New York Times, publicada na quarta-feira, que descrevia o trabalho feito pela Definers na esteira dos últimos grandes escândalos envolvendo a companhia de Mark Zuckerberg, em meio a uma turbulência generalizada na gigante das mídias sociais ao lidar com a descoberta da intromissão russa nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e violações da privacidade de dados.

Entre outras coisas, a Definers desacreditava ativistas contrários ao Facebook, em parte ligando-os ao megainvestidor George Soros. Também tentou desviar críticas à rede social pressionando jornalistas a investigarem rivais como o Google. Soros tem sido um detrator frequente do Facebook, chamando-o de uma “ameaça” no início deste ano.

Os principais executivos do Facebook, incluindo Zuckerberg e Sheryl Sandberg, não estavam cientes do trabalho específico que está sendo feito pela Definers, disse ao NYT uma fonte que não quis se identificar.

Em longa réplica à reportagem do NYT, o Facebook afirmou que nunca escondeu seus laços com a consultoria e contestou a afirmação de que pediu à empresa que divulgasse informações falsas. “É errado sugerir que tenhamos pedido à Definers para pagar ou escrever artigos em nome do Facebook, ou comunicar qualquer coisa que não seja verdade”, disse a rede social. “A relação com o Facebook era bem conhecida pela mídia – até porque em várias ocasiões enviaram convites para centenas de jornalistas sobre importantes chamadas da imprensa em nosso nome ”

O conselho do Facebook também defendeu os executivos. “Como Mark e Sheryl deixaram claro ao Congresso, a empresa demorou demais para detectar a interferência da Rússia e demorou demais para agir”, disse em nota o colegiado. “Como um conselho, nós os impulsionamos a avançar mais rápido. Mas sugerir que eles sabiam sobre a interferência russa e tentaram ignorá-la ou impedir investigações sobre o que aconteceu é extremamente injusto.”

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