Foi aprovado nesta quarta-feira (19), no plenário da Assembleia
Legislativa do RN, o projeto de lei da socióloga e deputada estadual
Márcia Maia que confere o título de patrimônio cultural do estado à
ginga com tapioca, um dos pratos típicos mais consumidos nas praias
potiguares, seja por norte-riograndenses ou por turistas. O projeto
segue para sanção do Governo do Estado para, só então, se tornar lei.
A ginga a é uma iguaria feita com pequenos peixes envolvidos em fubá e
fritos com óleo de dendê, enquanto a tapioca é feita com a goma
preparada a partir da mandioca. É um dos pratos mais tradicionais da
gastronomia potiguar, fonte de proteínas e carboidratos. Os relatos
apontam para a praia da Redinha, na zona Norte de Natal, como berço da
ginga com tapioca.
Durante a sessão plenária que resultou na aprovação do projeto à
unanimidade dos presentes, a deputada Márcia destacou a importância da
medida pelo reconhecimento da produção artesanal da iguaria, a tradição
que envolve sua produção e a importância para os produtores e turistas
que vem ao RN.
“Ouvir das pessoas que preparam esse prato típico do nosso estado
sobre o orgulho do reconhecimento e dos turistas sobre a experiência
indispensável que é provar a ginga com tapioca, por si só, já seria
motivo. Mas o projeto também é importante pela manutenção da nossa
cultura, de parte daquilo que somos enquanto povo, através dos nossos
hábitos e tradições precisam ser reconhecidos e valorizados em nossa
memória e história”, defende a deputada.
Em outros estados, pratos típicos já são Patrimônio Cultural
Imaterial, como o Bolo de Rolo em Pernambuco; a Feijoada, no Rio de
Janeiro; o “Queijo Minas”, em Minas Gerais e o Acarajé, na Bahia. Em
Natal, a Ginga com Tapioca já é considerada patrimônio do município.
A própria UNESCO, já inclui desde 2008, a gastronomia e a comida típica
de países ou regiões na lista de patrimônio imaterial da humanidade. “A
forma com a qual as pessoas se alimentam, os preparos e o próprio
alimento são parte das tradições e memória coletiva de um povo. São
marcas culturais, por isso esse reconhecimento é importante”, conclui
Márcia Maia.
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