sexta-feira, dezembro 21, 2018

Professor de futebol é suspeito de dopar e abusar de 11 alunos.

Onze crianças e adolescentes foram identificadas como vítimas do treinador de uma escolinha de futebol, preso no começo desta semana suspeito de abusar sexualmente dos alunos, em Cuiabá. As vítimas disseram que eram dopadas pelo treinador e abusadas por ele durante viagens.

Clemente Borges Aranha, de 31 anos, conhecido como ‘professor Willian’, foi flagrado com imagens e vídeos de pornografia infantil no celular dele e acabou preso pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

Deddica, até o momento, 11 vítimas, com idades entre 10 e 16 anos, confirmaram abusos praticados pelo treinador.

No interrogatório, após a prisão, o suspeito usou do direito de se manter em silêncio sob a orientação de um advogado.

De acordo com as investigações, o professor praticava os abusos durante viagens com os alunos em hotéis onde ficavam hospedados. No celular dele, apreendido após sua prisão, foram encontradas dezenas de fotos e vídeos com pornografia infantil.

Por conta das imagens ele foi autuado em flagrante por armazenar imagens pornográficas envolvendo crianças ou adolescentes.

O suspeito, conforme as vítimas, trocava fotos íntimas, cometia os abusos e ainda orientava os meninos a apagarem as mensagens para que não fossem descobertas pelos pais.

Uma das vítimas contou que o suspeito tinha uma arma e fazia ameaças aos meninos. Durante as viagens, o treinador dava um remédio, uma espécie de sedativo, aos alunos que reclamavam de dores.
 
Com isso, as vítimas adormeciam e eram abusadas. Um suplemento caseiro – que era preparado pelo suspeito e vendido às vítimas – será encaminhado para perícia para avaliação do conteúdo.

A Deddica identificou uma vítima no município de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, em que a mãe chegou a registrar boletim de ocorrência contra o suspeito. As investigações apontam que ele também agiu na cidade Sorriso, a 420 km da capital, antes de vir para Cuiabá.

A investigação começou em outubro deste ano, quando a mãe de um menino procurou a delegacia e relatou os fatos praticados pelo professor da escolinha de futebol, localizada na região do CPA, que atende os bairros Doutor Fábio, Três Barras e Novo Horizonte.

A escolinha atende dezenas de crianças e adolescentes, sexo masculino, entre 8 a 16 anos.

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