O delegado Valdemir Pereira que acompanha em Abadiânia as denúncias
contra João Teixeira de Farias, o João de Deus, de 76 anos, descreveu o modus operandi
do médium nos crimes sexuais dos quais é acusado. Ele afirmou que João
de Deus tinha como "prática" cometer o abuso e depois dar presentes às
vítimas.
No caso mais recente, que resultou ontem no indiciamento do médim
por violação sexual mediante fraude, com pena entre 2 a 6 anos de
prisão, o delegado disse que João de Deus agiu da mesma forma. Após o
abuso, o médium pediu que a mulher escolhesse um dos quadro expostos.
O delegado afirmou, em entrevista coletiva, que a mulher de 39 anos
contou ter sido abusada sexualmente em outubro deste ano, enquanto se
submetia a tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. De
acordo com ele, a vítima ainda está abalada com o que sofreu. Valdemir
Pereira e policiais acompanharam a mulher até o centro espiritualista
onde ela mostrou a sala na qual disse ter sido agredida pelo médium.
O médium está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O Supremo pode decidir hoje sobre pedido de liberdade.
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