Pesquisadores de oito instituições federais, estaduais e municipais
desenvolveram uma tecnologia de reconstrução craniana, que poderá
atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o
pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental, coordenador
da equipe multidisciplinar, foi desenvolvida uma prótese para
reconstrução de defeitos ósseos extensos da calota craniana.
O pesquisador disse que um paciente fica, às vezes, sete ou oito anos
esperando por uma solução, porque as possibilidades que existem no
mercado são muito caras, com uma prótese de titânio chegando a R$ 200
mil. Esse valor envolve somente a malha de titânio, disse. “É inviável”.
A solução que o grupo liderado por Renato Rozental desenvolveu é 20
vezes mais barata, ou seja, tem custo em torno de R$ 10 mil. O
pesquisador salientou que esse preço é sem escalonar. “Quando nós
escalonarmos o processo, vai ficar ainda mais barato e, além disso, tão
eficaz ou mais do que o titânio”.
Rozental esclareceu que uma vez que o paciente tenha uma janela, um
buraco ou uma ferida óssea no crânio, este fica fragilizado. Se colocar
uma malha de titânio e a cabeça do paciente sofrer novo impacto, o
crânio que já está fragilizado pode rachar. Já a prótese apresentada
pelo grupo liderado pela Fiocruz foi desenvolvida de tal forma que, se
houver um outro impacto, o que vai fragmentar é a prótese e não o crânio
da pessoa.
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