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Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (26), a Operação
Siroco, com o objetivo de apurar usurpação de minério, lavagem de
capitais e crimes ambientais. As investigações apuram a extração ilegal
de minério que estaria sendo utilizado em construção civil,
principalmente na construção de parques eólicos no estado do RN.
Policiais federais cumprem, simultaneamente, três mandados judiciais
de busca e apreensão, expedidos pela 15ª Vara Federal do Rio Grande do
Norte, nas cidades de Natal e Fortaleza. A operação do RN foi deflagrada
de forma coordenada com a Operação Anemoi, deflagrada, também na data
desta sexta, pela Superintendência da PF no CE que investiga fatos
similares praticados pelos mesmos suspeitos naquele estado.
A investigação realizada no RN, utilizando-se de modernas técnicas e
diligências de campo, logrou vincular empresas de grande porte a treze
áreas em que houve exploração mineral indevida nos anos de 2012 a 2016.
Os alvos foram separados por modelagem em sistema de informação
geográfica, com utilização de bandas espectrais de imagens de satélite
da NASA. Uma vez que a modelagem indicou locais suspeitos de extração
ilegal de minério, os dados foram encaminhados ao Setor de Inteligência
Geoespacial da Diretoria de Inteligência Policial da PF para análise.
A análise posterior, realizada com base em imagens satelitais de alta
definição espacial e dados georreferenciados de processos minerários da
Agência Nacional de Mineração, demonstrou fortes indícios de que as
empresas suspeitas estariam retirando minério (principalmente saibro e
areia) de forma criminosa e utilizando esse minério na terraplenagem e
na pavimentação de vias de acesso de complexos eólicos construídos no
Rio Grande do Norte.
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