Como se já não bastassem os asteroides, os buracos negros e a nuvem de
ganhafotos que viaja pela Argentina e se aproxima do Brasil, a última
que a natureza jogou em nossos colos é a “nuvem de poeira Godzilla”,
como foi apelidada pelos cientistas.
Essa nuvem de poeira é uma grande macha opaca que está sobre parte do
Oceano Atlântico por dias — um sinal inequívoco de uma nuvem de ar do
Saara, composta de ar muito seco e com poeira do deserto africano. É um
fenômeno recorrente mas que, como tudo neste ano, aparentemente se
intensificou em 2020.
Enquanto não alcança o continente americano, a nuvem Godzilla já tem
mostrado seus efeitos no Caribe. Diversos países recomendaram que seus
cidadãos usem máscaras e evitem atividades ao ar livre — não pelo
novo coronavírus, mas sim pela alta concentração de partículas da
Godzilla no ar.
Uma previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) acredita que a poeira do Saara
está se movendo rumo ao oeste pelo Mar do Caribe, o que a faria
alcançar locais da América do Sul, da América Central e da Costa do
Golfo dos Estados Unidos. Tudo isso já nos próximos dias.
A nuvem de poeira começou a aparecer nos últimos dias e tem se
intensificado ao longo dos dias. Para se ter uma ideia, há uma semana o
fenômeno foi observado em uma área do oeste da África, mas agora já
percorreceu mais de 5 mil quilômetros para chegar até o Caribe, e
encostou em locais do continente americano, como a Venezuela.
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