Com os avanços nas pesquisas da vacina contra a Covid-19, o Ministério da Saúde espera que até dezembro deste ano os medicamentos sejam aprovados para que o primeiro lote da vacina de Oxford seja aplicado na população.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, explica que o Brasil deve receber um primeiro lote de vacinas – total de 15,2 milhões
de doses – em dezembro e que, caso os testes e estudos sobre a eficácia
do medicamento sejam aprovados até lá, o processo de vacinação poderá
se iniciar.
“Fechamos acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em
três lotes. O número se baseia na campanha de vacinação contra a
influenza no Brasil. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de
dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo terá o mesmo número de
aplicações e chega entre dezembro em janeiro. O terceiro lote, de 70
milhões de doses chega entre março e abril. Se todos os estudos derem
certo, nós iremos iniciar a campanha de vacinação em dezembro.”
Questionado se 15 milhões de brasileiros poderiam passar a virada do
ano já vacinados, Medeiros respondeu: “A gente espera que sim, esse é o
nosso sonho. Estamos trabalhando arduamente para isso.”
Medeiros explica que os primeiros grupos a receberem a vacina serão
os idosos, aqueles com comorbidades e os profissionais da saúde da linha
de frente. Segundo ele, o Ministério da Saúde já está mobilizando suas
equipes para montar uma estratégia de aplicação das vacinas para “não
criar pânico nem tumulto” na população para que seja um processo seguro.
“A Secretaria de Vigilância em Saúde cuidada do sistema nacional de
imunização. Nossa capacidade de aplicar vacinas é de longa data, somos
eficientes para aplicar no país inteiro de forma rápida.”
O secretário também destaca o acordo feito entre o governo brasileiro
e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford e a
AstraZeneca – laboratório responsável pelo desenvolvimento da vacina –
que garante ao Brasil a transferência da tecnologia do medicamento, que
poderá ser produzido no laboratório de Bio Manguinhos, da Fiocruz.
“Nessa encomenda com a Oxford e a AstraZeneca, o governo brasileiro
assumiu compromisso de transferência de tecnologia para termos autonomia
de produção da vacina, que será produzida no laboratório de
Biomanguinhos.”
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