Quando o assunto é o custo da pandemia para as populações carentes, o
Sistema Único de Saúde (SUS) se mostra como exemplo de democratização,
ao possibilitar atendimento gratuito para quem precisa de tratamento.
Mais que isso, graças ao atendimento integrado com a Assistência Social,
o paciente consegue, ainda, encaminhamento para a inclusão em uma série
de programas que visam resguardar direitos sociais. Para efeito de
comparação, um dia de internação custa R$ 4,8 mil a cada paciente com
Covid-19 em hospitais dos Estados Unidos.
Reconhecido como maior Sistema de Saúde Pública do mundo pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), o SUS é universal, ou seja, visa
atender a todos e tem provado ser um instrumento fundamental não só para
garantir o acesso da população à saúde, como também no combate à atual
realidade. Nesse sentido, a atuação conjunta entre saúde e assistência
social é compreendida como essencial no combate às desigualdades.
Segundo o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Norte (CRP
RN), a pandemia demostrou a importância de toda a rede que integra o
Sistema Único de Saúde à exemplo das UBS, das UPAs, do SAMU e da rede de
urgência e emergência. Por outro lado, também expôs todas as
dificuldades enfrentadas por usuários e profissionais da linha de
frente, inclusive os da psicologia que têm baixo efetivo nas unidades de
saúde.
“Devemos ressaltar que tais profissionais já eram necessários antes
da pandemia, após esse período ficará mais evidente a sua necessidade,
já que a demanda tem aumentado como consequência do isolamento social,
sobrecarga de trabalho, o luto e tantas outras questões advindas do
sofrimento psíquico”, diz Emanuelle Camelo, psicóloga conselheira do CRP
e atuante na Secretária de Saúde de Natal.
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