O Rio Grande do Norte abriu em junho mais de 1,7 mil postos de
trabalho com carteira assinada, segundo dados divulgados nesta
terça-feira (28) pelo Ministério da Economia. De acordo com o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é a primeira vez neste ano
que o Estado termina um mês com saldo positivo na geração de empregos.
No mês passado, segundo o Caged, foram 9.469 contratações e 7.723
demissões. Com isso, o RN teve um saldo positivo de 1.746 vagas de
emprego no mercado formal. Foi o segundo melhor resultado da região
Nordeste, ficando atrás apenas do Maranhão – que gerou 3.907 postos de
trabalho em junho.
O resultado do Rio Grande do Norte foi na contramão da média do País.
Em todo o Brasil, aponta o Caged, foram encerrados no mês passado
10.984 postos de trabalho com carteira assinada. Mesmo assim, o
resultado surpreendeu, já que o mercado esperava uma perda de
aproximadamente 220 mil vagas de trabalho.
Mesmo com o resultado de junho, o Estado ainda segue com saldo
negativo no acumulado do ano. Entre janeiro e junho, o RN fechou 15.761
empregos com carteira assinada, resultantes de 72.676 demissões e 56.915
contratações.
No mês passado, a retomada do emprego no RN se deu principalmente
pelo setor de serviços, que apresentou um saldo positivo de 1.234 postos
de trabalho. Além disso, tiveram mais contratações que demissões a
agricultura (+885) e o setor de construção (+204). Por outro lado, a
indústria (-467) e o comércio (-110) tiveram saldo negativo.
Na avaliação do secretário estadual de Planejamento e Finanças,
Aldemir Freire, os números do Caged demonstram que o setor produtivo do
Rio Grande do Norte começa a dar sinais de recuperação, apesar de
continuarem em vigor diversas medidas restritivas para evitar a
proliferação do novo coronavírus.
“De um lado, temos o início da safra de frutas e da cana de açúcar
como importantes segmentos que irão gerar emprego nos próximos meses.
Todavia, também tivemos saldos importantes em segmentos tipicamente
urbanos, como é o caso da construção civil (+ 204) e o setor de serviços
(+ 1.234)”, ressalta.
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