O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um parecer com
orientações para o retorno às aulas e reorganização escolar em meio à
pandemia do novo coronavírus. Um das sugestões é que as redes escolares
evitem reprovar os estudantes neste ano.
Há uma articulação entre a entidade e o Ministério da Educação (MEC),
sob o comando do secretário-executivo, Antonio Vogel, para que o
documento seja homologado com celeridade.
O texto-base, que ainda passará por ajustes pequenos, afirma que “um
dos pontos mais importantes para a reorganização dos calendários
escolares e replanejamento curricular 2020-2021 é a revisão dos
critérios adotados nos processos de avaliação com o objetivo de evitar o
aumento da reprovação e do abandono escolar”.
“O CNE recomenda fortemente a adoção de medidas que minimizem a
evasão e a retenção escolar neste ano de 2020, reconhecendo, no
entanto, que as decisões acerca dos critérios de promoção são de
exclusiva competência dos sistemas de ensino”, diz o documento.
No relatório discutido na votação, o CNE destaca ainda a experiência
internacional nesse mesmo sentido. “É importante registrar que vários
países, entre eles a Itália e vários estados americanos, aprovaram leis
que impedem a reprovação de alunos no ano de 2020”. A entidade afirma
que avaliações e exames de conclusão do ano letivo devem cobrar os
conteúdos curriculares efetivamente oferecidos aos estudantes,
considerando o contexto excepcional da pandemia.
No entanto, ainda conforme o CNE, será preciso ter atenção especial
com os estudantes concluintes de etapas finais do ensino fundamental (9°
ano) e do ensino médio (3° ano). Eles deverão ter a oportunidade de
recuperação necessária dos conteúdos para finalizar os estudos e
prosseguir em suas trajetórias de educação e trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário