A competição que seria na Argentina e na Colômbia foi mudada para o Brasil após uma articulação entre a Conmebol, a CBF - até então comandada por Rogério Caboclo, afastado de suas funções após denúncia de assédio, e o presidente do Brasil Jair Bolsonaro.
Segundo Maurício Moura, fundador do 'Ideia', essa relação com o presidente alimentou um viés político, que aumentou a desaprovação do torneio, já que Bolsonaro não estaria sendo bem avaliado em sua gestão durante a pandemia e a competição seria vista como algo desnecessário em um momento que o país está próximo de bater 500 mil mortos por Covid-19.
- Quem é contrário à Copa no Brasil tem uma correlação com a desaprovação do governo. Quanto maior o grau de discordância em relação aos jogos, maior é a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro. Isso mostra um viés político, ou pelo menos de avaliação de governo, em relação ao tema. A maioria da população não vê benefício na Copa América - disse Maurício.
Entre os homens, 54% não concordam com a realização da Copa América no Brasil. Já entre as mulheres, este número sobe para 67%. Na região Norte, 42% avaliam que o país não deve sediar o evento. Na região Centro-Oeste, que vai receber jogos, o sentimento contrário é preponderante para 57%.
Apesar de todas as partidas serem sem público nos estádios, muitos brasileiros se preocupam com aglomerações que podem ocorrer em bares, restaurantes, ou mesmo nas ruas. Para 75%, a disputa pode levar a um agravamento da situação da pandemia de covid-19 no Brasil.
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