quinta-feira, junho 10, 2021

Geral “Precisamos de um programa espacial forte”, diz ministro Marcos Pontes.

À frente de um ministério cujo orçamento há anos vem sofrendo cortes e contingenciamentos, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, voltou a falar, hoje (10), sobre a necessidade de atração de investimentos privados para tirar do papel projetos estratégicos para o desenvolvimento técnico-científico brasileiro.

“O orçamento do ministério vem caindo desde 2013 e, logicamente, a pandemia não ajudou neste sentido. Muito pelo contrário. Não adianta sentarmos e ficar lamentando, apontando o dedo para o lado. Podemos conversar com o Ministério da Economia, com o Congresso, mas precisamos entender que a dificuldade orçamentária é de todos os ministérios", declarou o ministro ao participar, nesta manhã, da abertura do evento Estruturas para Viabilização Financeira do Setor Espacial.

Organizado pela Secretaria Nacional de Estruturas Financeiras e de Projetos, do ministério, o seminário foi anunciado como um evento destinado a “pensar alternativas para o financiamento de projetos e sistemas espaciais tendo em vista um cenário de restrições orçamentárias”.

“Precisamos de um programa espacial forte”, acrescentou o ministro, enfatizando que países do porte brasileiro, que começaram a investir no setor aeroespacial quase que na mesma época, vêm alcançando resultados mais efetivos, colhendo os frutos econômicos e sociais de seus investimentos no setor.

“Nosso programa espacial é bastante antigo. Começamos juntos com a maior parte destes países, mas, durante décadas, nosso programa vem dando saltos de galinha. Tenta decolar, mas não consegue”, lamentou o ministro, primeiro brasileiro a participar de uma viagem espacial, em 2006. “E não consegue porque nunca recebeu prioridade adequada por parte de outros governos. Nunca teve estrutura de financiamentos adequada. E posso dizer isso por todo o tempo que participo do nosso programa.”

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