Tudo indica que essa crendice vem de
duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira delas, houve,
no Valhalla – a morada celestial das divindades -, um banquete para 12
convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser
chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses.
Instituiu-se, então, a superstição de que convidar 13 pessoas para
jantar era desgraça na certa e esse número ficou marcado como símbolo do
azar. A segunda lenda é protagonizada pela deusa do amor e da beleza,
Friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e friday, “sexta-feira”
em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas se converteram ao
cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa exilada no alto
de uma montanha.
Para se vingar, Friga passou a
reunir-se, todas as sextas-feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o
próprio Satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a
humanidade. Da Escandinávia, a superstição espalhou-se por toda a
Europa, reforçada pelo relato bíblico da Última Ceia, quando havia 13
pessoas à mesa, na véspera da crucificação de Cristo – que aconteceu
numa sexta-feira. No Antigo Testamento judaico, inclusive, a sexta-feira
já era um dia problemático desde os primeiros seres humanos. Eva teria
oferecido a maçã a Adão numa sexta-feira e o grande dilúvio teria
começado no mesmo dia da semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário