Discussão com familiares ou com
terceiros e raiva no trabalho ou no trânsito são apontados como as
principais causas da raiva aguda (Foto reprodução/Google)
Cientistas descobriram que o risco de
uma pessoa infartar até duas horas após um episódio de raiva intensa é
8,5 vezes maior do que após “níveis normais” de raiva. O estudo,
realizado com 313 pacientes, foi publicado na segunda-feira, no
periódico European Heart Journal: Acute Cardiovascular Care, da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Os pesquisadores chegaram a esta
conclusão após pacientes com diagnóstico confirmado de infarto
responderem a uma autoavaliação sobre seu nível de raiva até 48 horas
antes do ataque. A escala do questionário variava entre um (calmo) e
sete (enfurecido, fora de controle, atirando objetos, prejudicando a si
ou a outras pessoas). Os níveis de um a quatro foram considerados
“normais” e o nível cinco (muito irritado, o corpo tenso, talvez os
punhos cerrados, pronto para estourar) foi definido como o limiar de
raiva intensa.
As respostas dos participantes mostraram
que 2,2% dos pacientes alcançaram um estado de raiva de, no mínimo,
nível cinco, nas duas horas precedentes ao início dos sintomas. “Embora o
risco de qualquer acesso de raiva desencadear um ataque cardíaco seja
baixo, os dados demonstram que o perigo é real”, afirmou Thomas Buckley,
pesquisador da Universidade de Sidney, na Austrália.
De acordo com os autores, este estudo
confirma o que já havia sido sugerido anteriormente: a raiva pode agir
como gatilho para um infarto. Diante disso, eles alertam que é
necessário considerar estratégias para proteger indivíduos que correm um
risco maior durante momentos de raiva aguda.
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