Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou toda a tarde e
noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram a um
acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federias. Segundo o
presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos
(CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada
pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à
mesa de negociação.
Pela proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros
sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do
Programa Procaminhoneiro e a criação, por meio de negociação entre
caminhoneiros e empresários, de uma tabela referencial de frete. Nesse
item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na
mediação com os empresários.
O presidente da CNTA considerou que o acordo trouxe ganhos históricos
para a categoria. Segundo Diumar Bueno, os caminhoneiros tiveram
conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da gravidade que se
encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos
caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”,
disse Diumar, ressaltando no entanto que não poderia garantir o fim dos
bloqueios.
O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou após a
assinatura do acordo que ele só será cumprido sob a condição do fim dos
protestos. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que for
liberadas as estradas”, ressaltou. “Eu acho que a partir de agora as
estradas jáestão sendo liberadas”, completou.
As manifestações dos camimnhoneiros, que terça-feira (24) tiveram
reflexo em mais de dez estados, já provocam desabastecimento,
especialmente de combustível, em algumas cidades.
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