O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae) divulgou o Anuário das Mulheres
Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas. Em
parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), na última década, mostra que 55% das donas de
pequenos negócios tinham, pelo menos, iniciado o Ensino Médio. Já entre
os homens, esse percentual é de 38,5%.
No Rio Grande do Norte, o número de
mulheres que estão na atividade empresarial tem crescido
consideravelmente nos últimos dez anos. Entre 2002 e 2012, elas passaram
de 87 mil para 122 mil segundo revela o anuário. Isso representa um
aumento de 40,2%. Também foi registrado que houve um crescimento de
27,2% de homens entrando no ramo empresarial.
O levantamento também verificou a
posição quanto ao perfil dos empregadores nos pequenos negócios em
relação ao sexo. Segundo o estudo, no Rio Grande do Norte a taxa de
mulheres que estão à frente de pequenas empresas e com funcionários
contratados vem crescendo.
Em 2002, eram 10 mil mulheres
empregadoras e, em 2011, esse número passou para 15 mil. Mas o sexo
masculino ainda predomina nos negócios potiguares de pequeno porte.
Nesse mesmo intervalo, a quantidade de homens que são patrões saltou de
27 mil para 31 mil. Contudo, em termos percentuais, o avanço feminino
foi maior.
O estudo verificou ainda que mais de 92%
das empreendedoras do Rio Grande do Norte que atuam por conta própria –
sem empregados – procuram encontrar espaço na rotina para conciliar a
gestão da empresa com os afazeres domésticos. No caso das que têm
funcionários, o percentual é menor, 75%. Esse tempo para realizar as
tarefas do lar consome, em média, 27 horas semanais das empresárias
potiguares.
O Anuário das Mulheres Empreendedoras e
Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas também avaliou o
comportamento das brasileiras no quesito filhos e mostra que a curva de
mulheres que empreendem e possuem filhos está em declínio.
Em 2002, as empreendedoras casadas e
solteiras com filhos representavam 73,2% do total de empresárias,
enquanto as casadas sem filhos somavam 3,7% e os outros arranjos
familiares 22,9%. Dez anos depois, os números mudaram. Em 2012, as
empresárias casadas e solteiras com filhos somam 68,4% do total. Já as
casadas sem filhos passaram a equivaler 10,3% e os outros arranjos
familiares 21,2%.
Entre os empreendedores do sexo
masculino, o anuário aponta tendência semelhante na última década. Em
2002, os empresários casados com filhos representavam 74,3% do total,
enquanto os casados sem filhos 16,3%. Os que têm outro tipo de família
somavam 9,4%. Dez anos depois, a realidade mudou. Os empreendedores sem
filhos totalizaram 23% e os com filhos 62,6%. Já os enquadrados em
outros tipos de família 14,4%.
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