Os jogos Pan-americanos 2015, em Toronto, no Canadá, começaram no dia
10 de julho e se encerram no próximo dia 26. O Brasil faz um bom
desempenho até agora, em terceiro lugar no quadro de medalhas, com 32
medalhas de ouro até agora, 110 medalhas no total. Em primeiro lugar
estão os Estados Unidos, seguido pelo país sede, o Canadá. O Brasil tem
grandes chances de terminar a competição em terceiro lugar, superando
inclusive Cuba, país com enorme tradição olímpica.
A pouca divulgação dos jogos desse ano chama a atenção, o que é
explicado em parte pela conquista dos direitos de transmissão pela Rede
Record, deixando a poderosa Rede Globo para trás, o que consequentemente
faz com que a emissora da família Marinho procure esconder ao máximo a
existência dos jogos.
A revista Veja, aliada da rede Globo, publicou um artigo no
início do Pan, em 10 de julho, com o título de “Para que serve um Pan?”.
Segundo a revista, os jogos Pan-americanos são secundarizados pelos
principais atletas internacionais, principalmente nos Estados Unidos.
Esse fato tiraria a importância dos jogos e mostraria um quadro não
realista do desempenho brasileiro nos esportes olímpicos.
Sendo verdade ou não os argumentos da revista, fato é que não passa de mais um ataque da Veja
ao Brasil, País do qual a revista se esforça para mostrar
constantemente todo o seu nojo típico da classe média “coxinha” que a lê
semanalmente. Para essa classe média, que, assim como a Veja,
prefere Miami a qualquer cidade do Brasil, a cultura, o esporte e a
política brasileiros só têm serventia se de alguma maneira favorecerem
seus interesses de pequenos parasitas que são.
Se a rede Globo tivesse transmitindo os jogos, se Galvão Bueno
tivesse sido mandado a Toronto para cobrir a competição, a opinião de Veja com certeza seria outra. Seria outra também se o governo brasileiro ainda fosse aquele, de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Para quem é um pouco mais velho, não é difícil lembrar que a
cobertura dos jogos Pan-Americanos de 1999, que ocorreram em Winnipeg,
também no Canadá, mereceu enorme destaque e, na época, “serviu para
muita coisa”. O que teria mudado desde então?
No esporte, não houve tantas mudanças assim. Apenas devemos destacar
que houve uma notável melhora do Brasil nos Pan-Americanos, Olímpiadas e
torneios disputados posteriormente – fato esse que o artigo da Veja
procura omitir. Porém, de 1999 para cá, a mudança mais importante foi a
saída do PSDB. O governo do PT entrou e o Pan “perdeu a graça” para a
Globo e a Veja.
A imprensa golpista ataca em todos os flancos. Não basta atacar
politicamente, é preciso desmerecer o povo e sua cultura. Por isso, faz
questão de atacar o futebol brasileiro.
Qualquer conquista do Brasil não “serve para nada”. Pelo menos, essa é a opinião da revista norte-americana mais lida no Brasil.
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